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A tecnologia a favor da leitura.

A tecnologia a favor da leitura.

Reconhecer que a área da Tecnologia da Informação, popularmente conhecida como Informática, tem ajudado outras ciências a realizar com mais propriedade suas especificidades é fato: nos transportes aéreos, nas cirurgias, na detecção de crimes, enfim, está presente em tantas subáreas que seria infindável a enumeração. Mas como essa poderosa ferramenta poderia ser usada para ajudar a aguçar o gosto pela leitura? Até que ponto poderíamos utilizá-la para motivar a leitura dos clássicos literários, de artigos científicos, entre outros?

A leitura, como competência que extrapola a simples decodificação dos símbolos linguísticos, continua sendo um desafio tanto na vida social como na acadêmica, mesmo estando nós em uma era digital, na pós-modernidade, e temos consciência de que ler é um passaporte para infinitos universos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) exige uma autonomia na proficiência leitora dos candidatos de tal modo que, para cada questão, tem-se em média o tempo de 3 minutos para sua resolução. Nessa prova, como em outras de vestibulares diversos, entre eles o da FATEC, requer-se do candidato uma junção de conhecimento/conteúdo com a leitura em um ritmo simultâneo, ou seja, a decodificação da língua tem de ser articulada à leitura compreensiva. Como “treinar” essa habilidade se o tempo é cada vez mais um bem precioso e nem sempre podemos comprar e estar com um livro nas mãos?

Os textos digitais presentes nos dispositivos eletrônicos podem ser uma alternativa para grande parte da sociedade que já tem o e-book, o smartphone, o tablet, a televisão digital e tantas alternativas: se leria no metrô, no ônibus, no avião, na fila do banco, na sala de espera dos consultórios e se ouviria também, até mesmo dirigindo, sem tirar o foco do trânsito, é claro.

Desde 1970, não estamos mais presos à premissa da invenção do computador para fins exclusivamente militares e científicos, mas para nos ajudar em nosso dia a dia, em diversas situações. Portanto, temos que usufruir de uma tecnologia que se renova diariamente tendo em vista os nossos objetivos, as nossas necessidades.

Escolher um texto digital não significa inferiorizar o livro físico (há leitores que se apaixonam pelo cheiro das folhas de papel impressas, pela ida à biblioteca, à livraria), mas é tentar motivar essa nova geração para a leitura de um modo mais condizente com o perfil dos “conectados” 24 horas.

Outro fator relevante é o preço. Embora os livros impressos estejam hoje, de certa forma, mais baratos (fato que atribuímos ao uso de papéis reciclados, capas menos clássicas), os digitais ainda têm menor custo, são portáveis e, principalmente, possuem milhares de opções de títulos gratuitos disponíveis em sites oficiais (Amazon, Saraiva, entre outros) e não oficiais.

Que tal adquirir um e-book hoje?


Esse texto é de autoria da Professora Alessandra Manoel Porto com uma discreta colaboração minha. Também foi publicado originalmente no Jornal de Jales, coluna Fatecnologia, no dia 13 de dezembro de 2015.

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!