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Conheça o PIX, o revolucionário sistema de pagamento instantâneo do Banco Central

Conheça o PIX, o revolucionário sistema de pagamento instantâneo do Banco Central

O PIX é o sistema de pagamento instantâneo (SPI) criado pelo Banco Central do Brasil (Bacen) que promete “matar” o cartão de débito, o boleto, as tradicionais transferências interbancárias (TED e DOC) e até mesmo o dinheiro em espécie. De acordo com o Bacen, os pagamentos instantâneos via PIX possibilitarão transferências financeiras diretamente entre agentes pagadores e recebedores em tempo real, sendo os recursos transferidos disponíveis ao recebedor poucos segundos após a operação.

Ademais, esse serviço estará disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso significa que você poderá pagar contas e realizar transferências, tudo em tempo real, a qualquer momento do dia, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Antes do PIX, estávamos limitados aos dias úteis e aos horários de processamento e liquidação de pagamentos dos bancos. Com ele, transferir dinheiro será tão fácil quanto enviar uma mensagem via WhatsApp.

Outras duas características que chamam atenção no PIX é a multiplicidade de casos de uso e o fluxo de dados com informações adicionais. A primeira diz respeito à flexibilidade de casos em que esse sistema poderá ser aplicado, sendo possível transferir qualquer valor entre pessoas físicas ou jurídicas, pagamentos em estabelecimentos físicos e virtuais, além de recolhimentos de impostos. Já a segunda se relaciona com os dados adicionais que trafegarão com a ordem de pagamento, possibilitando expandir a tecnologia para outros tipos de serviços no futuro, como transferências internacionais e pagamento parcelado.

Ademais, por ser uma transferência direta entre as partes, deve haver redução de intermediários na cadeia de pagamentos, gerando uma considerável redução de custos para o usuário final. Nesse sentido, os bancos deverão ser, a priori, impactados pela perda de receitas com TED, DOC, boletos e outras taxas sobre operações financeiras.

O PIX é o início de uma revolução sem precedentes no Sistema Financeiro Nacional, pois trará menos burocracia, menos custo para o cliente final e mais rapidez nas transferências interbancárias.

O PIX não estará disponível apenas para os bancos tradicionais, mas também para os digitais, corretoras financeiras, instituições de pagamento e fintechs. Para as instituições com mais de 500 mil contas de clientes ativas, a adesão é obrigatória. Para as demais, a participação é facultativa. Convém destacar que essa novidade não exigirá instalação de novos aplicativos ou utilização de plataformas de terceiros. As instituições que aderirem deverão integrar seus serviços ao PIX.

O pagamento poderá ser realizado de três formas, extremamente rápidas e intuitivas, lembrando o pagamento feito com dinheiro em espécie. A primeira é por meio de utilização de chaves ou apelidos que identificam a conta, como o número do telefone celular, CPF, CNPJ ou e-mail. A segunda é por meio de QRCode (código de resposta rápida, da sigla em inglês), que pode ser estático ou dinâmico. A terceira é por meio de tecnologias de troca de informações por aproximação, como a NFC (comunicação de campo próximo, da sigla em inglês), presente na maioria dos celulares atualmente.

A possibilidade de utilização do número do celular como um número de identificação abre a possiblidade para que o WhatsApp seja um dos meios de realização de pagamentos. Ademais, a utilização do QRCode permitirá a geração de um código único que poderá ficar exposto em um local visível do estabelecimento comercial, permitindo ao pagador fazer a leitura do código, digitar o valor e fazer o pagamento.

A novidade começa a operar oficialmente para os usuários finais no dia 16 de novembro com taxas extremamente surpreendentes. Para pessoa física, o PIX será totalmente gratuito. Para instituições financeiras que oferecem o serviço, a taxa será de R$0,01 a cada 10 transações. De fato, as características do PIX deverão causar impactos positivos no sistema financeiro nacional, o que é mais que necessário, considerando a atual crise pandêmica. Vamos aguardar!


Texto publicado originalmente no Jornal de Jales, coluna Fatecnologia, no dia 27/09/2020

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!