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Educação + Tecnologia: conheça as Edtechs

Educação + Tecnologia: conheça as Edtechs

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, na sigla em inglês) é um estudo comparativo que avalia o conhecimento em leitura, matemática e ciência de estudantes de 15 anos, considerando escolas públicas e privadas de 79 países. No exame realizado em 2018, novamente o Brasil apresentou um desempenho medíocre, se comparado com países de primeiro mundo. Somos o 53º em ciência, o 42º em leitura e o 58º em matemática. A avaliação ainda revelou que estamos com uma média baixa, sem evoluções significativas nos últimos anos, e, para piorar, cerca de 43% dos estudantes não atingiram a pontuação considerada mínima. É uma situação extremamente preocupante! Vale ressaltar que o exame PISA não é “conteudista”, já que foca em habilidades e não em memorização.

Para trazer contribuições ao ensino, foram criadas, por exemplo, startups com foco em tecnologias aplicadas à educação, as Edtechs, que podem causar uma grande revolução na área. Ao considerar uma das definições do termo, startup, “um grupo de pessoas que aplica um modelo de negócio inovador, repetível e escalável, em condições de grande incerteza”, poderíamos, a princípio,  descartá-las da educação, visto que a escola não parece ser um ambiente propício para aplicar modelos inovadores, considerando que falhas podem prejudicar pedagogicamente os estudantes. Entretanto, as novas metodologias de ensino, impulsionadas pela constante e cada vez mais rápida evolução tecnológica, têm incentivado uma série de iniciativas tecnológicas educacionais.

“Futuro = Educação + Tecnologia. Essa é a equação do momento”

Segundo o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), por meio do documento “Mapeamento Edtech 2019”, publicado em abril/2020, o Brasil possui 449 Edtechs em atividade. A maior parte dessas startups atuam no ensino fundamental e médio (48,11%) e ensino infantil (22,49%). Logo em seguida vêm os cursos livres (16,93%) e o ensino superior (16,04%). As tecnologias utilizadas são classificadas em serviços (2,23%), plataformas (67,04%), ferramentas (26,28%) e conteúdos (14,03%). Assim, as Edtechs também consideram aspectos “fora da aula de aula”, criando ferramentas de administração e gestão escolar, marketing, colaboração, comunicação, entre outras.

Na sala de aula, as ferramentas utilizadas para auxiliar os processos de ensino-aprendizagem usam diversas tecnologias que fogem do convencional. Uma delas é a realidade virtual (RV), que cria experiências imersivas de aprendizagem. Outra tecnologia é a realidade aumentada (RA), capaz de introduzir elementos virtuais no mundo.

Além de RV e RA, há os sistemas tutores inteligentes (STI), que são capazes de personalizar o ensino de acordo com as necessidades de cada aluno, além de aplicar e corrigir avaliações automaticamente, liberando o professor para outras atividades estritamente pedagógicas. Há também diversas Edtechs focadas em jogos educativos, que aplicam métodos de ensino em jogos digitais, promovendo educação por meio da diversão.

Enfim, considerando a situação da educação brasileira e o “experimento social involuntário” que estamos vivendo devido à pandemia de Covid-19, acredito que as Edtechs ganharão ainda mais força, sendo decisivas na revolução educacional que se desenha no Brasil e no mundo.


Texto publicado originalmente no Jornal de Jales, coluna Fatecnologia, no dia 21/06/2020.

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!