A Última Colônia (Resenha)
Finalmente, cheguei ao final de mais uma trilogia! Desta vez, trata-se da recente e surpreendente trilogia “Guerra do Velho”, assinada pelo gênio John Scalzi. Para acessar as resenhas dos dois primeiros livros, basta clicar nos respectivos links: Guerra do Velho e As Brigadas Fantasma.
No livro 3, intitulado “A Última Colônia” (Editora Aleph, 2019), temos o protagonista do livro 1, John Perry , levando uma vida pacata casado com a a co-protagonista do livro 2, Jane Sagan, e sua filha adotiva no planeta Huckleberry. Considerados heróis de guerra por seus feitos enquanto soldados das Forças Coloniais de Defesa (FCD), mesmo aposentados, o casal foi requisitado para coordenar a implantação de mais uma colônia num planeta desconhecido.
Inicialmente tudo parecia ir como o planejado e os maiores problemas se resumiam a lidar com conflitos entre os colonos e expandir o território num planeta desconhecido. Entretanto, após a revelação de uma trama que envolve o destino da humanidade, tendo a colônia de Perry e Sagan como o pivô central, as coisas começam a complicar política e militarmente.
As FCD, de certa forma, abandonam Perry e Sagan que são obrigados a usar métodos nada convencionais a fim de manter a salvo os habitantes da nova colônia ao mesmo tempo que evitam uma guerra de proporções interestelares.
A obra é um desfecho digno para o fantástico universo criado por Scalzi. Mesmo excluindo as surpreendentes narrativas de ação e combates presentes nos dois primeiros livros, o escritor consegue prender o leitor com uma trama cativante e extremamente inteligente. Questões políticas, éticas e sociais são abordadas de diversas maneiras, excluindo os clichês e a previsibilidade de obras rasas. Ademais, o estilo de escrita fuido, regado a boas doses de humor contextual tornam a leitura ainda mais agradável.
De fato, A Última Colônia, assim como outras memoráveis obras do gênero Space Opera, é um presente a todos os fãs de ficção que procuram algo além de narrativas de batalhas épicas inundadas por tecnologias hipotéticas. Em alguns momentos, a complexidade da narrativa nos faz lembrar a obra Justiça Ancilar, de Ann Leckie.
Para aproveitar melhor esse clássico, a leitura dos dois primeiros livros é obrigatória.