Fortaleza Digital (Resenha)
Antes de ganhar notoriedade com o best-seller “O Código Da Vinci”, Dan Brown já mostrava seu talento e sua genialidade para obras complexas e cativantes, capazes de unir diversos gêneros literários e fazer o leitor viver aventuras inesquecíveis. Logo em seu primeiro livro, “Fortaleza Digital”, publicado em 1998, Dan Brown mostrou que se tornaria um dos maiores escritores de ficção/aventura de todos os tempos.
Inspirado pelas questões de segurança e privacidade, tão discutidas no final do século passado devido ao etnão vertiginoso crescimento da Internet, Fortaleza Digital coloca o leitor no perigoso mundo da espionagem cibernética. Ambientado nos corredores da NSA (National Security Agency), a Agência Nacional de Segurança dos EUA, somos presenteados com uma trama complexa e supreendente, cheia de detalhes e rigor científico, além de reviravoltas imprevisíveis e, obviamente, uma narrativa e cativante.
A trama gira em torno de Susan Fletcher, matemática e criptógrafa da NSA. Quando o supercomputador TRANSLATR, usado para decodificar mensagens de terroristas na Internet, se depara com um algoritmo de encriptação aparentemente inquebrável, a genialidade e o patriotismo de Fletcher são colocados a prova. Intitulado de “Fortaleza Digital”, o algoritmo inquebrável foi desenvolvido por um ex-funcionário da NSA, Ensei Tankado, que jurou se vingar dos EUA. O problema é que, logo no início da trama, Tankado tem uma misteriosa morte em uma praça pública de Sevilha, na Espanha. Enquanto ainda estava lutando pela vida, Tankado chamou a atenção das pessoas ao seu redor para a sua mão esquerda, em que se encontrava um anel contendo algo capaz de quebrar o algoritmo. Assim, se inicia uma complexa trama que envolve muito mais do que os olhos podem ver, e coloca Susan numa situação complicada, em que sua genialidade não será suficiente para salvar sua própria vida e a vida das pessoas que ela ama.
Indo além da ficção, a obra traz a tona questões sobre ética e privacidade na Internet, o controle governamental e como a sociedade contemporânea está dependente das novas tecnologias da infomação e comunicação. É uma obra fantástica, recomendada para quem gosta de ficção, mas não abre mão de uma trama inteligente.