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Jogador Nº 1: o livro é fantástico, o filme, nem tanto.

Jogador Nº 1: o livro é fantástico, o filme, nem tanto.

Eu sei, o título desse post parece aqueles clichês chatos que todo nerd/geek adora repetir: “o livro é melhor…”, mas vamos lá! Falando verdades, são raras as adaptações cinematográficas ou televisivas que superam as suas respectivas obras escritas nos livros, quadrinhos ou mangás.

Por razões que vão além do escopo técnico e legal, quase todas as adaptações sofrem cortes, mudanças e, até mesmo, descaracterizações, tudo para se encaixar perfeitamente na telinha da nossa TV ou na telona do cinema. Pois bem, com Jogador Nº 1 a velha história de “o livro é melhor…” se repetiu novamente, infelizmente!

Continuo achando a obra de Ernest Cline um dos melhores livros de ficção que já li (confira minha resenha clicando aqui!). Sua narrativa empolgante que mais parece um RPG, recheada de aventura, suspense e, principalmente, imersa uma torrente nostálgica de referências à cultura pop/nerd dos anos 1980, arrastam qualquer old-school para uma viagem fantástica no tempo. Entretanto, o filme não conseguiu reproduzir sequer 50% dessa empogação. E olha que estamos falando de uma obra dirigida pelo mestre Steven Spielberg.

Era óbvio que, por questões de licenciamento e direitos autorais, seria impossível o filme reproduzir todas as referências que encontramos no livro. Entretanto, o que vemos é algo bem pior do que isso. Trata-se de um filme tedioso, nada empolgante e que não traduziu a ideia central da obra literária: a cultura pop/nerd dos anos 1980. Os atores, todos desconhecidos do grande público, não comprometem, mas também não surpreendem,  talvez pelo roteiro mal elaborado. Talvez.

A trilha sonora é completamente esquecível, nos fazendo sentir saudades do mito John Williams, compositor parceiro de Spielberg em diversas obras. Tavez com a presença do maestro de Jurassic Park, Star Wars e tantos outros clássicos, algumas cenas poderiam até ficar menos tediosas.

Enfim, se você não leu o livro e quer um filme de ficção repleto de efeitos especiais (só isso!), pode até ser que Jogador Número 1 o agrade. Se você conseguir se empolgar, eu tiro o chapéu para o seu gosto peculiar. Eu não consegui. Conselho de amigo: leia o livro!

Enfim, como disse anteriormente, “o livro é melhor…”, e desta vez, nem a genialidade de Spielberg conseguiu vencer as questões contratuais e de direitos autorais. Ainda bem que não perdi meu tempo e o meu dinheiro indo ao cinema, senão, a frustração seria ainda maior.

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!