Star Wars – Marcas da Guerra (Resenha)
Para quem é fã de Star Wars, Marcas da Guerra (do original Star Wars: Aftermath) é um título obrigatório, pois é o primeiro livro do novo cânone oficial que iniciou o novo universo expandido da icônica franquia criada por George Lucas, agora pertencente à Disney. Escrito por Chuck Wendig e lançado em 2015 no Brasil pela Editora Aleph, o lugar do livro na cronologia oficial é após os eventos finais do filme Episódio VI: O Retorno de Jedi (o terceiro capítulo da trilogia clássica), depois da emblática Batalha de Endor, evento em que ocorreu a destruição da segunda Estrela da Morte.
Darth Vader e o Imperador Palpatine finalmente estão mortos. Então, a Princesa Leia emite um comunicado para toda a galáxia informando o ocorrido com o objetivo de encorajar as pessoas a apoiar a Aliança Rebelde, cujo objetivo é destruir de uma vez por todas o império e fundar uma nova República. O livro começa com um pequeno prelúdio em que o Almirante Ackbar escreve uma carta afirmando que um duro golpe foi desferido contra o Império, mas que ainda era necessário muitas batalhas a fim de destruir de vez a força opressora do mal. O icônico Almirante também afirma que a rebelião acabou, mas a guerra estava longe de terminar.
Os personagens principais do livro são Temmin Wexley, um genial jovem revoltado por ter sido abandonadopor sua mãe, e Norra Wexley, mãe de Temmin, que se juntou à Aliança Rebelde para tentar localizar seu marido que fora levado pelo império quando seu filho ainda era uma criança. Por ser uma habilidosa piloto, Norra ajudou Luke Skywalker quando participou do plano de ataque para destruir a segunda Estrela da Morte durante a batalha de Endor.
Enquanto o piloto Wedge Antilles vasculhava a galáxia em busca de pistas sobre a linha de suprimentos que ainda sustentava o Império, ele descobriu que a proeminente Almirante Imperial Rae Sloane organizou uma reunião secreta que será realizada no planeta Akiva. O objetivo dessa reunião, que reunirá os principais figurões imperiais, será decidir quem será o novo imperador e, principalmente, definir um plano de ação para exterminar de vez os rebeldes.
Infelizmente, Wedge é sequestrado. Assim, Norra parte em uma deseperada missão para resgatá-lo. Durante sua jornada em Akiva, seu planeta natal, Norra reencontra seu filho Temmin que faz questão de mostrar sua extrema decepção por ter sido abandonado pela própria mãe. Enquanto são perseguidos por forças imperiais, Norra, Temin e seu melhor amigo, um simpático dróide chamado de “Senhor Ossudo” serão obrigados a fazer uma improvável aliança com um ex-agente imperial e uma caçadora de recompensas: Sinjir Rath Velus que deseja apenas fugir da Guerra e viver em paz, e Jas Emari, que vê a reunião imperial como mais uma oportunidade de aumentar seu patrimônio financeiro.
Chuck Wendig nos entrega um livro digno da franquia Star Wars, pois explora diversos personagens conhecidos e nos apresenta outros com uma grande riqueza de detalhes que poderão facilmente ser explorados no cinema em um futuro próximo. Além do mais são feitas muitas referências a diversos acontecimentos da trilogia clássica, o que nos permite uma maior compreensão dos eventos do livro e da real motivação dos personagens.
Todo o clima do livro lembra o filme Rogue One: uma história Star Wars, pois não é focado na temática Jedi, e sim nos personagens secundários, mas não menos importantes. Além do mais, são explorados elementos como política, amizade, família, dilemas morais e éticos e outros assuntos que enriquecem a obra e fazem o leitor pensar além da obra.
Marcas da Guerra é definitivamente uma obra indispensável para todos os fãs do incrível universo Star Wars. Recomendo!