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Tekken Mobile (#GameReview)

Tekken Mobile (#GameReview)

A série Tekken, criada pela Namco é uma das maiores marcas do gênero fighting game de todos os tempos. O primeiro título da série foi lançado em 1994, primeiro para os arcades, depois para o então console novato Sony Playstation. É importante enfatizar que a Namco é uma das mais emblemáticas desenvolvedoras de games desde os tempos dos arcades, criando títulos importantes como o inesquecível PacMan, e os clássicos do gênero shoot’em up (jogos de nave) Xevious e Galaxian, além de outros games icônicos.

Tekken é considerado um dos mais importantes marcos históricos dos games, visto que foi um dos primeiros jogos de luta no formato poligonal em 3D.  Em uma época em que o formato 2D, inspirado em Street Fighter, era a receita para o sucesso de jogos desse gênero, a Namco buscou inspiração em Virtua Fighter (Sega, 1993) e conseguiu entregar um jogo fantástico, com um nível de realidade impressionante, além de introduzir diversos personagens icônicos presentes até hoje na cultura gamer. Desde a primeira versão, foram lançados diversos games, inclusive um crossover com a aclamada série Street Fighter em 2012, intitulado de Street Fighter X Tekken.

A última versão lançada para os consoles foi Tekken 7, lançado em junho de 2017. Ainda em dezembro do mesmo ano, a Namco lançou a primeira versão mobile da série, intitulada oficialmente de Tekken Mobile. O game trouxe um enredo bastante simples se comparado com as versões canônicas dos consoles, além de alguns personagens novos e uma jogabilidade totalmente pensada para uma interface touch, o que, na minha opinião, descaracteriza significativamente o game.

“O game pode ser considerado mais de estratégia do que de luta, visto que os movimentos dos personagens são extremamente limitados, o que certamente desagrada os fãs da série e, obviamente, todos os fãs de jogos de luta. As variações de combos, apesar de um visual muito bonito, são previsíveis e enjoativas”.

Por ser pensada para um interface touch, a jogabilidade é um fator que empobrece a experiência dos usuários acostumados aos combos e combinações praticamente infinitas proporcionadas por um joystick, uma das marcas da série. Os “pseudo-combos” são executados da mesma maneira que alguns jogos de luta já lançados para plataformas mobile, ou seja, como um game do gênero beat’em up. Basta ficar pressionando o lado direito da tela para que aconteça alguma coisa. Em alguns momentos é possível executar algumas variações tocando nas cartas Waza, cartas de ataque posicionadas no canto inferior direito da tela. Pra bloquear ataques, o usuário deve pressioar e segurar o lado esquerdo da tela.

Acredito que Tekken Mobile pode ser considerado um game mais de estratégia do que de luta, visto que os movimentos dos personagens são extremamente limitados, o que certamente desagrada os fãs da série e, obviamente, todos os fãs de jogos de luta. Penso que não faz muito sentido ficar executando movimentos repetitivos e executar combos e golpes especiais simplesmente tocando na tela. Onde está a técnica e a imprevisibilidade, marcas registradas dos jogos de luta?

Mesmo assim, o game possui um visual bonito, típico da série, além de possuir diversos modos de jogo, sistemas de recompensa, missões, possiblidade de novos personagens, sitema de recompensas, colaborativiade, entre outras características típicas dos jogos mobile. Tekken Mobile, assim como outros jogos de luta para interfaces touch, agrada à primeira vista, mas depois fica enjoativo e repetitivo. Entretanto, acredito ser uma boa opção  para os jogadores casuais que não conhecem a série nos consoles, mas que não abrem mão de um game divertido, de jogabilidade simples e com um visual bonito. Jogador raiz usa joystick!

Trailer de lançamento

Gameplay

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!