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Godzilla: planeta dos monstros

Godzilla: planeta dos monstros

O monstro Godzilla é um dos maiores ícones do cinema e da cultura Pop/Nerd. O lagarto gigante possui mais de 20 filmes lançados desde sua primeira aparição, na década de 1950, além de diversos brinquedos, animações e outros produtos. Godzilla inspirou diversas obras na TV e no cinema.  É impossível assistir os seriados japoneses do gênero Tokusatsu (Power Rangers, Jaspion, Changeman, Space Cop, entre outros) e não notar a referência ao “Rei dos Monstros”. Nos filmes, Godzilla alterna entre o papel de herói e vilão, visto que, além de causar grande destruição, ele já salvou diversas cidades de outros monstros. Sua criação, por Tomoyuki Tanaka, segundo muitos textos encontrados na Web, remete ao medo das armas nucleares, pois sua enorme força, invulnerabilidade e poder de destruição foram inspirados nas bombas que aterrorizaram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki em 1945 durante a segunda grande guerra.

A Netflix, pelo que temos visto nos últimos anos, possui o lendário “Toque de Midas”, ou seja, tudo o que ela toca vira ouro. Com Godzilla não foi diferente. A gigante do streaming bancou a produção de “Godzilla: planeta dos monstros” (Godzilla: planet of the monsters, Netflix, 2017, 89 minutos) e nos presenteou com uma animação surpreendente, não apenas pela qualidade gráfica, mas pela trama que envolve poder, orgulho, tecnologia e viagem no tempo.

Após o aparecimento de Godzilla, a humanidade se viu incapaz de deter o poder do monstro gigante. Além de causar uma enorme destruição, Godzilla subjugou todas as tecnologias e armas de todas as nações, fazendo com que a humanidade deixasse a Terra em busca de um outro planeta que pudesse ser colonizado. Entretanto, após alcançar uma distância de 10 anos luz além do sistema solar, a nave que abrigava os sobreviventes da humanidade teve que lidar com problemas de recursos. Assim, os líderes decidiram voltar à Terra e encontrar juntos uma maneira de derrotar o predador gigante. O problema é que uma uma viagem para tão longe na velocidade da luz fez com se passassem 20.000 anos terrestres. Como estariam o clima e o ecossistema da Terra? Godzilla já teria morrido ou teria se multiplicado? Essas questões não importam para Haruo que viu seus pais serem mortos pelo absurdo poder de destruição de Godzilla há 10 anos, e quer vingança.

O nome do protagonista da animação é uma clara referência a Haruo Nakajima, o autor original do Godzilla, que vestiu o traje do icônico monstro em 12 filmes consecutivos. Essa produção da Netflix é simplesmente fantástica e merece sua atenção. Ao que tudo indica teremos uma continuação, pois além do final ser surpreendente, a própria Netflix indica o emblemático “assista a parte 1 agora” na interface do usuário. Vale muito a pena assistir!

 

 

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!