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#GameList – Cinco jogos inesquecíveis do Super Nintendo (Parte 1)

#GameList – Cinco jogos inesquecíveis do Super Nintendo (Parte 1)

O SNES  (Super Nintendo Entertainment System) ou simplesmente Super Nintendo, é um console de 4ª geração lançado no Japão em novembro de 1990. No Brasil ele chegou apenas em agosto de 1993, já abarrotado de títulos épicos que incendiariam ainda mais a emblemática “Guerra dos Consoles” com a Sega, a principal rival da Nintendo naquela época. Em termos de hardware, o SNES era superior ao Mega Drive da Sega, além de contar com diversos títulos exclusivos e diversos portes dos Arcades (facilitados pelo joystick de 6 botões) que, por sua vez, eram surpreendentemente fiéis a sua versão original. Um dos diferenciais do SNES era sua vasta biblioteca de jogos que terminou a geração dos 16 bits com 784 jogos.

O SNES fez tanto sucesso que, impulsionado pela recente vibe da cultura “retro-gamer”, a Nintendo lançou uma versão comemorativa intitulada “Super Nintendo Classic Edition”, que traz 21 jogos na memória, entre eles a inédita continuação de StarFox, StarFox II, que fora abandonada ainda no processo de desenvolvimento e transferida ao Nintendo 64 com o título de StarFox 64 em 1996.

Lembro de passar muitas horas nas game-locadoras de minha cidade jogando clássicos como Street Fighter II, Flashback, Blackthorne, Rock’n Roll Racing, Top Gear, Wild Guns, Super Mario World, e diversos outros títulos fantásticos que marcaram gerações. Nesta postagem lembro cinco jogos inesquecíveis que vale a pena jogar. Independentemente de ser um gamer da nova geração, vale a pena conhecer esses clássicos. Eis a lista! (Obs.: os vídeos de gameplay não são de autoria minha, ou seja, peguei do Youtube).

#5 – Super Mario World

O personagem Mario é o grande mascote da Nintendo. Desde sua concepção ainda nos Arcades no início dos anos 1980, não importa os jogos e os mascotes que surjam na BigN, o bigodudo e toda sua turma ainda são vistos como a cara da Nintendo. Esse game merece estar nesta lista porque o console foi distribuído inicialmente com ele, ou seja, foi o primeiro game que muitos proprietários de SNES jogaram. A qualidade gráfica e o áudio não mudaram muito em relação ao seu antecessor, o game Super Mario Bros III do NES (ou Nintendinho 8 bits), entretanto esse título trouxe uma série de novidades em sua jogabilidade, mais desafios e novos power-ups para o nosso herói, além de uma trilha sonora prá lá de simpática. Foi com Super Mario World que a Nintendo percebeu que poderia criar um universo em torno de Mario e sua turma. Deu certo! Nota 8,5.


#4 – Flashback

Sabe aqueles games que você joga por 30 minutos e pensa ter perdido tempo? Então, foi essa a primeira sensação que tive com Flashback, mas depois de ter lido o enredo do game em uma revista de games, que eu não me lembro se foi Ação Games ou Super Game Power, eu fiquei prá lá de interessado, pois se tratava de ficção, intrigas, tecnologia, muita ação e, principalmente, um grande desafio. O game tem uma mecânica complicada no início, mas depois que você “morre” umas 30 vezes,fica fácil dominar os movimentos e “pegar o jeito” do game. Flashback me fez comer um dicionário de Inglês e, principalmente, participar ativamente das aulas de Língua Inglesa na 7ª série. Talvez esse tenha sido o maior benefício do game em minha vida, além de muitas horas de diversão. Flashback é um grande desafio, além de possuir gráficos excelentes e efeitos sonoros marcantes, o game é uma mistura de ação e RPG, além de se parecer com um filme, visto que há diversas animações (precursoras das CG’s dos 32 bits) que explicam o game e deixam você com mais vontade de zerar o game. Sério, não morra antes de jogar Flashback! Nota 9.0.


#3 – Killer Instinct

Killer Instinct foi um game de luta que surpreendeu a todos na época em que foi lançado. Quando a Nintendo anunciou que estaria trabalhando em um game do gênero fighting-game (lutas 1×1), muitos gamers torceram o nariz, inclusive eu, pois achávamos que era impossível competir nesse gênero com lendas como Street Fighter II, Mortal Kombat e os emblemáticos games da SNK. Para nossa felicidade, erramos feio! O game foi lançado para Arcade em outro de 1994 e surpreendeu o mundo: personagens exóticos que lembravam uma mistura de Mortal Kombat e Eternal Champions, gráficos arrasadores, efeitos sonoros impactantes e um visual muito bonito, além de um sistema de contagem de hits – acertos no oponente, que foi imitado por todos os games de luta posteriormente. Muitos se perguntavam quando aquela obra de arte chegaria nos consoles. A resposta foi que a Nintendo estaria trabalhando em um porte do game para o seu novo console de 64 bits e que infelizmente demoraria muito. Entretanto, 1995 a BigN resolveu premiar os fãs com um  porte para SNES. O game foi bem reduzido dado as capacidade de hardware do console de 16 bits, mas isso não atrapalhou a popularidade do título que figurou entre os mais vendidos e comentados da época. A versão original vinha com um CD intitulado “Killer Cuts” contendo a trilha sonora original da versão do Arcade. Tive o prazer de ter um! Fantástico ou não!? Nota 9,5.


#2 – Wild Guns

Wild Guns é sem sombra de dúvidas um dos melhores games do SNES. Lançado em 1994 pela empresa Natsume, o game trouxe uma proposta bem diferente do que estávamos acostumados a ver nos games de ação. A dinâmica lembra Cabal, um clássico dos Arcades. Clint e Annie são dois personagens com visão em terceira pessoa que se movimentam para esquerda ou para a direita, e atiram como se não houvesse o amanhã em tudo o que se move. Uma das características mais marcantes no game é o cenário ser parcialmente destrutível, além das marcas dos tiros permanecerem até o fim da fase. Wild Guns mistura faroeste, tecnologia e muita ação, no melhor estilo James West, personagem interpretado por Will Smith no filme As Loucas Aventuras de James West de 1999. Há quem diga que o filme foi inspirado no game. Sem dúvida um grande desafio! Vale a pena jogar. Nota 10.

#1 – Chrono Trigger.

Um dos games mais aclamados de todos os tempos, Chrono Trigger (Squaresoft, 1995) é uma verdadeira obra de arte, digno de filmes, HQs, seriados e, principalmente, uma continuação, algo que, infelizmente, não teve. Pelo menos não como os fãs imaginavam, pois o excelente Chrono Cross lançado para Playstation em 1999 não foi exatamente uma continuação. Chrono Trigger é o produto da união de 2 lendas dos games: Hironobu Sakagushi (criador da franquia Final Fantasy) e Yuji Horii (criador da franquia Dragon Quest), além de Akira Toriyama, criador do universo de Dragon Ball Z. Esse trio foi considerado o “dream team” de desenvolvimento de games da época, pois a genialidade de Sakagushi e Horii aliada a criatividade e ao talento de Toriyama resultaram em um game fantástico que ainda hoje rende muito dinheiro para a Square-Enix, empresa detentora dos seus direitos.

Chrono Trigger é um RPG encantador que trouxe um sistema de jogo inovador para a época. Prepara-se para explorar diversas combinações de ataques que envolvem 2 ou 3 personagens! Viagens no tempo e o Apocalipse estão no cerne da trama, que traz gráficos simples, porém personagens marcantes, trilha sonora digna de um concerto orquestral e, obviamente, um grande desafio. Chrono Trigger possui em sua versão original 13 finais. A versão lançada para Playstation trouxe diversas animações assinadas pelo gênio de Toriyama, o que fez muitos proprietários do console de 32 bits se render ao charme dos 6 bits. Só de escrever sobre já me deu vontade de jogar! Título obrigatório para todos os gamers de todas as gerações. Nota 10.


O que achou? Lembra de mais algum game do SNES e gostaria que eu falasse sobre? Vale lembrar que vários games ficaram de fora da lista porque a proposta é trabalhar com apenas 5 títulos, porém, futuramente falarei de vários outros. Comente e compartilhe!

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!