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X-Men: Deus ama, o homem mata (Resenha)

X-Men: Deus ama, o homem mata (Resenha)

Republicada pela Panini em 2014, essa grandiosa HQ de 1982 é uma verdadeira obra de arte, não apenas pela sua qualidade, mas, principalmente, pela questão social que foi levantada em uma época que a tolerância religiosa e racial era muito discutida nos EUA. A história é de autoria do aclamado roteirista e criador de diversos personagens dos X-Men, Chris Claremont. Já a arte é de Brent Anderson, vencedor de diversos prêmios por seus fantásticos desenhos.

Magneto tem sido um dos piores inimigos dos X-Men, entretanto, nesta jornada pela paz, será necessário unir forças com o “Mestre do Magnetismo” para enfrentar o que talvez pode ser o pior de todos os inimigos: todos os seres humanos, e o pior: “em nome de Deus”. Um pastor fanático convoca os seus fiéis a lutar contra a ameaça diabólica dos mutantes que, segundo ele, não passam de enviados do diabo. Além de muita ação e de uma trama inteligente a atemporal, Deus Ama, o homem mata, é uma das melhores histórias (na minha opinião) de todos os tempos de todos os universos das HQs, pois promove ainda hoje a discussão sobre intolerância religiosa, racial e, principalmente, respeito com as minorias.

Quais são os males e os limites do fanatismo religioso? Por que é tão difícil amar e respeitar quem pensa diferente? Qual é o poder de influência de um falso mestre, um falso pastor? Essas e outra questões são debatidas do começo ao fim dessa poderosa história que serviu como inspiração para o filme X-Men 2. Sou cristão convicto e me surpreendi com a proposta dessa HQ. Não é necessário conhecer profundamente o universo dos X-Men para se divertir e colocar a cabeça pra pensar com essa HQ. Recomendo!

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!