Admirável Mundo Novo (Resenha)
Aldous Huxley (1894 – 1963) escreveu um romance distópico imaginando um futuro em que a sociedade é plenamente organizada e condicionada sob a autoridade de uma tecnocracia extremista. Todos os seres humanos são fabricados em laboratório, divididos em castas e condicionados a obedecer um sistema comunitário mundial. Na sociedade moderna não existe dor, tristeza, paixão, raiva, dificuldades, vínculos amorosos e outros elementos inerentes à vida humana. Visando acalmar as frustrações diárias e trazer paz interior, o Estado fornece uma droga capaz de proporcionar uma fuga da realidade, fazendo com que a vida seja perfeita…. uma perfeita mentira.
Admirável Mundo Novo é um daqueles livros que você começa lendo com grande empolgação, porém, com o passar do tempo, a leitura se torna cansativa e, por muitas vezes confusa. Acredito eu que isso se dá ao fato de que o contexto histórico do livro é bem distante da nossa realidade atual, assim, por várias vezes tive que recorrer a pesquisas no Google para entender o que se passava em 1932, ano de publicação do livro. Entretanto, aqueles que insistem em ler até o fim, são premiados com uma das maiores obras filosóficas do século passado, que nos faz pensar em muitos aspectos sociais, tais como o contraste entre o novo e velho, analisado sob o prisma dos impactos que a constante evolução tecnológica causará no futuro. O livro inspirou diversas obras, inclusive as canções “Brave New World” e “Admirável Gado Novo”, respectivamente da emblemática banca inglesa Iron Maiden e do cantor brasileiro Zé Ramalho. Recomendo!