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A Guerra dos Consoles (Resenha)

A Guerra dos Consoles (Resenha)

O início dos anos 1990 ficou marcado na indústria dos video-games pela fatídica “Guerra dos Consoles”. No final dos anos 1980, a toda poderosa Nintendo dominava o mercado de consoles com o NES (Nintendo Entertainment System ou Nitendinho 8 bits). A empresa fundada pelo lendário Fusajiro Yamauchi possuía 95% do crescente e promissor mercado de games, e parecia ser insuperável, pois ditava todas as regras do mercado naquela época. Desta forma, as demais empresas não passavam de meras coadjuvantes, peixes pequenos, insignificantes, que se curvavam diante das exigências da poderosa empresa de Yamauchi. Esse cenário durou até que a emergente Sega resolveu desafiar a “Big N” com um console de 16 bits e uma atitude ousada personificada pelo mascote rival do icônico Super Mario da Nintendo, o rápido ouriço azul Sonic. Surgia uma rivalidade que existe até hoje, além de iniciar uma guerra de mercado que definiu os rumos da indústria dos vídeo games, e que ainda ecoa nos dias atuais.

O livro “A Guerra dos Consoles” é baseado em entrevistas e relatos envolvendo as pessoas que administraram a Sega, a Nintendo e outras empresas que ressuscitaram a então desacreditada indústria dos vídeo-games no início dos anos 1990. Blake J. Harris nos traz uma escrita fluída, que nos dá a impressão de estarmos lendo um romance, assim, a leitura, além de não ser cansativa, é muito reveladora. Recomendo a todos que, assim como eu, viveram intensamente a “Guerra dos Consoles”. Leitura obrigatória para todo gamer das antigas.

 

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!